Por Augustus Nicodemus
Alguns blogs recentemente criticaram duramente os evangélicos pela falta de diálogo com figuras conhecidas e que acabaram se desviando do, digamos, cristianismo histórico. No twitter, cheguei mesmo a ser convidado para entrar em diálogo com uma destas figuras. Vou explicar por que não tenho aceitado estes convites. Um diálogo pressupõe uma abertura de ambos os lados para mudança de opinião, ponto de vista ou postura. Pressupõe que nada é fixo, que tudo pode mudar. Assume que posições defendidas podem estar erradas e que aquilo que se pensa errado no outro lado pode, afinal, estar certo. Pressupõe ainda que ambos os lados estariam dispostos a ceder em nome do acordo e da paz e da unidade e da harmonia. Se diálogo for isto, não acredito em diálogo com quem nega os pontos centrais do Cristianismo, e dos quais estou absolutamente convencido. Para mim, a Trindade, os atributos de Deus, a divindade de Cristo, sua ressurreição literal de entre os mortos, a inerrância da Bíblia, a salvação pela fé sem as obras da lei, a segunda vinda física e pessoal de Jeaus, a vida eterna e as penas eternas são inegociáveis. Portanto, não tenho nada a dialogar com quem nega estas coisas. Eu sei exatamente o que elas pensam e elas sabem exatamente o que eu penso. Já tomamos nossas posições e fizemos nossas escolhas. Dialogar sobre o quê? Não me recuso a sentar na mesa para dialogar com irmaos em Cristo sobre pontos secundários da fé cristã, como liturgia, dons espirituais, governo da igreja, forma de batismo, métodos de crescimento de igreja, assuntos relacionados com liberdade crista, usos e costumes. Quanto aos outros, tecnicamente, não cabe diálogo, mas evangelização.
Fonte: http://tempora-mores.blogspot.com.br/2012/06/aos-irmaos-dialogo-aos-outros.html
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