Por Danyllo Gomes
- O verdadeiro conhecimento de Deus está na Bíblia
Deus, apesar de ter si revelado através da natureza, deu-nos a Escritura para que pudéssemos conhecê-Lo de uma forma que a natureza não consegue nos revelar, mais uma forma para provar a existência Dele. As Escrituras nos mostram o Deus Verdadeiro, já que o autor dela é o próprio Deus.
Os patriarcas conheceram a Deus do mesmo modo que nós o conhecemos hoje, através da Palavra. A única diferença é que, no nosso caso, a Palavra é escrita – nós cremos na Bíblia – e, os patriarcas criam na Palavra dita pela própria voz de Deus, assim com é as Escrituras para nós hoje (a voz de Deus). Portanto, a idéia de que a Palavra de Deus está acima de tudo, vem desde os patriarcas.
Nas Escrituras, se ensina que devemos pensar de Deus, para que não caiamos em apostasia, entrando em maus caminhos, por não conhecer o Deus verdadeiro. E acima de tudo, a mensagem central das Escrituras é Cristo.
- A Bíblia é a palavra de Deus escrita
Deus tinha se feito conhecido através de visões – até mesmo de sua glória – nos patriarcas, fazendo com que eles fossem provas da Sua existência. Desde a época do Antigo Testamento, através dos profetas, Deus provou Sua existência, e ainda mais, registrou tais acontecimentos, para que nós, através da fé, possamos crer nas feituras do Senhor. Portanto, as Escrituras registram a fiel revelação do Senhor para seu povo.
- A Bíblia nos protege do erro
Não há nada de bom no homem, até as melhores ações são como trapos de imundícia para o Senhor. Quando estamos lendo a Bíblia, em um rápido instante, nosso pensamento é desviado para algo pecaminoso, vemos então a nossa fragilidade. Com base na falha humana, vemos a necessidade da Palavra do Senhor escrita, para que ela não caísse (ou caia) em erro, em deturpação humana, ou no esquecimento. O homem, por si só nunca será capaz de mudar seu estado pecaminoso, pois como pode um morto vivificar? Só pela iluminação do Espírito Santo, através das Escrituras, podemos mudar de fato.
ALGUNS PONTOS PRINCIPAIS DA ‘SOLA SCRIPTURA’ NA REFORMA:
1. Somente a Escritura é a autoridade máxima para a regra de fé e prática dos santos. Ela não é determinada, ela determina. Ela é a suprema decisão em controvérsias, ao contrário da igreja católica, que coloca os bispos, papas e concílios acima dela.
2. Ela é superior a tradição, diferentemente da afirmação católico romana. As Escrituras ensinam, e não a tradição romana ensina.
3. A Bíblia não é uma revelação de doutrinas e proposições para serem aceitas mediante a autoridade da igreja, mas uma revelação direta, viva e pessoal de Deus, podendo assim ser acessível a qualquer pessoa.
4. A igreja não dá autoridade as Escrituras, a igreja apenas reconhece a autoridade das Escrituras. As Escrituras só poderiam ser autorizadas por Deus, e, por ser de origem divina, já é autorizada.
5. Existem evidencias internas e externas da inspiração e divina autoridade das Escrituras, mas estes atributos não são passíveis de “prova”. A única evidencia que importa é o “testemunho interno do Espírito” no coração do leitor. Calvino diz: “A menos que haja essa certeza [pelo testemunho do Espírito], que é maior e mais forte que qualquer juízo humano, será fútil defender a autoridade da Escritura através de argumentos, ou apoiá-la com o consenso da Igreja, ou fortalecê-lo com outros auxílios. A menos que seja posto este fundamento, ela sempre permanecerá incerta.”
6. Devemos nos lembrar que, só através das Escrituras é que acontece o verdadeiro arrependimento, portanto a única diretriz que podemos usar para chamar pecadores ao arrependimento é usando-a.
7. A igreja não está acima do seu Canôn porque o definiu, ela apenas reconheceu que já era aceito pelos cristãos. A igreja estabeleceu o Canôn, mas o evangelho estabeleceu a igreja, e a autoridade do Canôn está no evangelho.
8. A Escritura forma a igreja, e não a igreja forma as Escrituras (Efésios 2:20)
9. A interpretação alegórica e outros sentidos atribuídos as Escrituras obscurecem a sua mensagem. Os reformadores deram ênfase no modo de interpretação histórico-gramatical.
10. A experiência é necessária para o entendimento da Palavra: esta não deve ser simplesmente repetida ou conhecida, mas vivida e sentida. Na Escritura o Deus vivo e verdadeiro sempre confronta o leitor em julgamento de graça
11. Textos: Salmos 19:7-11; Salmos 119; João 5:39; Romanos 15:4; 2 Timóteo 3:16-17; Salmos 111:7; Salmos119:130.