quinta-feira, 19 de abril de 2012

Deus tem um plano horrível para a sua vida.



Por Renato Vargens

O meu amigo Wilson Porte compartilhou hoje pela manhã uma impactante sentença de John MacArthur a qual reproduzo abaixo:

"Você sabia que Deus não tem um plano maravilhoso para a sua vida? A menos que você considere o tormento eterno como um plano maravilhoso. Ele tem um plano horrível para aqueles que não conhecem a Cristo. Quando compartilhamos o evangelho com as pessoas, talvez devamos dizer-lhes: 'Você sabia que Deus ama você e tem um plano horrível para sua vida?' Temos de abordar o problema do pecado. Um Deus santo, bom e puro não pode tolerar o mal."

Caro leitor, por acaso você já deu conta que muitas das vezes anunciamos o Evangelho de forma equivocada? Pois é, sem que percebamos dizemos as pessoas que Deus é bom e que Ele deseja galardoa-las  com bênçãos distintas. Ora, claro que isso é verdade, todavia, anunciar esses pressupostos sem proclamar que o salário do pecado é a morte, significa contribuir com a proclamação de um Evangelho humanista.

Prezado amigo, as Escrituras afirmam que o homem sem Cristo está condenado a morte eterna.  Será que você não sabe que o destino daqueles que não foram salvos por Cristo é o inferno? 

Amado irmão, que Evangelho temos pregado? Será que temos anunciado aos perdidos sua real condição convidando-os ao arrependimento? Será que temos nítida compreensão do que seja o inferno?

Jonathan Edwards que ao tratar sobre o inferno disse:

"Se nós que cuidamos das almas soubéssemos como é o inferno e conhecêssemos a situação dos condenados à perdição, ou se por algum outro meio nos tornássemos conscientes de quão pavorosa é a condição deles; se ao mesmo tempo soubéssemos que a maioria dos homens foi para lá e víssemos que nossos ouvintes não se dão conta do perigo – nestas circunstâncias, seria moralmente impossível que evitássemos mostrar-lhes com muita seriedade a terrível natureza de tal desgraça e como estão extremamente ameaçados por ele. Nós até mesmo lhe clamaríamos em alta voz.

Quando os ministros pregam friamente sobre o inferno, advertindo os pecadores de que o devem evitar, por mais que suas palavras digam que é infinitamente terrível, eles acabam se contradizendo; pois à semelhança das palavras, as ações também têm sua própria linguagem. Se o sermão de um pregador ilustra a situação do pecador como imensamente pavorosa, enquanto seu comportamento e sua maneira de falar contradizem isso – mostrando que ele não pensa assim – tal ministro vai contra seu objetivo, porque neste caso a linguagem das ações é muito mais eficaz do que o significado puro e simples de suas palavras. Não que eu credite que devemos pregar somente a Lei; acontece que ministros talvez preguem suficientemente outras coisas. O evangelho deve ser proclamado tanto quanto a Lei e esta deve ser pregada apenas para preparar o caminho para o evangelho, a fim de que ele possa ser proclamado de modo mais eficaz. A principal tarefa dos ministros é pregar o evangelho: "Porque o fim da Lei é Cristo para a justiça de todo aquele que crê" (Rm 10.4). Portanto, um pregador ficaria muito além da verdade se insistisse demais nos terrores da Lei, esquecendo seu Senhor e negligenciando a proclamação do evangelho. Mesmo assim, porém, a Lei realmente deve ser enfatizada, e sem isso a pregação do evangelho talvez seja em vão.

Certamente, é belo falar com seriedade e emoção, conforme convém à natureza e importância do assunto. Não nego que possa existir um pouco de impetuosidade imprópria, diferente daquilo que, pela lógica, decorreria da natureza do tema, fazendo com que forma e conteúdo não estejam de acordo. Alguns dizem que é ilógico usar o medo a fim de afugentar as pessoas para o céu. Contudo, acho que faz parte da lógica o esforço para afugentar as pessoas do inferno em cujas margens elas se encontram, prontas para cair dentro dele a qualquer momento, mas sem se dar conta do perigo. Não seria justo afugentar alguém para fora de uma casa em chamas? O medo justificável, para o qual há uma boa razão, certamente não deve ser criticado como se fosse algo ilógico."

Caro leitor, os que falam do inferno sem lágrimas nos olhos e com frieza na alma apontam para o fato de que não entenderam a mensagem do Evangelho.
Pense nisso!

Renato Vargens

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Cruzados e Reformadores

Por Danyllo Gomes



As cruzadas contra os mulçumanos ou contra os hereges foram incentivados pela Igreja Católica Romana. Homens e crianças engajados em ideais totalmente antibíblicos iam à busca de salvação onde só havia condenação. Tudo isso se deu por conta da Igreja Católica Romana. Época também de formação de novas ordens da igreja como movimentos de reforma.
O objetivo das cruzadas, apesar de terem vários interesses diferentes, o principal era o motivo religioso. O imperador Aleixo pediu ajuda aos cristãos porque os mulçumanos estavam invadindo seu país, e ele dizia que os mulçumanos estavam colocando o país em risco, e foi essa motivação que começaram as peregrinações. Muitos nobres e cavaleiros feudais impulsionados pela aventura militar e essa luta santificada pela Igreja Romana acabaram se unindo aos ideais da igreja. A Igreja Católica dizia que quem fosse lutar na Cruzada teriam todos os seus pecados perdoados, inclusive os cometidos na cruzada. Com isso vários homens iam e faziam barbaridades (estupros, matavam crianças de colo, etc) com a benção da Igreja Católica.
A causa da primeira cruzada conduzida por Urbano II que propôs a cruzada como uma resposta ao pedido de Aleixo. Para Urbano II era mais importante libertar os lugares sagrados dos mulçumanos do que ajudar o Império do Oriente. Pedro, o Eremita, levou camponeses em massa em direção à Palestina; como estavam desorganizados e indisciplinados o Imperador de Constantinopla os levaram vivos e os fizeram de escravos. Depois dessa desorganizada cruzada de camponeses, os nobres da França dirigiram vários exércitos rumo a Constantinopla. Em 15 de Junho de 1099 tomaram e Jerusalém e iniciou-se a criação de estados feudais. Os Cavaleiros Templários e os Hospitalários foram criados nesse tempo para a proteção do povo.
Os mulçumanos estavam ameaçando a Jerusalém e essa foi à causa da segunda cruzada. Bernardo de Claraval promoveu a pregação na segunda cruzada. O rei da França e o Imperador do Sacro Império Romano, mas não adiantou de nada. Saladino retomou Jerusalém.
A terceira cruzada liderada por Filipe Augusto da França, Ricardo da Inglaterra e pelo Imperador Frederico. Ricardo não conseguiu retomar Jerusalém, mas conseguiu um acordo com Saladino para que ele permitisse a entrada de peregrinos.
A quarta cruzada, liderada por Inocêncio III, teve um acontecimento importante que foi o fato da Igreja Grega e o Império Oriental foram submetidos ao papa.
Frederico II o líder da Sexta cruzada, conseguiu vários territórios para os cristãos, mas por causa de cruzadas posteriores, os territórios voltaram para os Sarracenos.
E por fim, o acontecimento que mais me chamou a atenção em toda essa história, a Cruzada das Crianças em 1291. Um garoto chamado Estevão de 12 anos de idade liderou essa cruzada juntamente com Nicolau. Várias crianças morreram de fome e a maioria do resto foi tomada escravas.
Entre tantas consequências das cruzadas podemos destacar: o enfraquecimento do feudalismo por conta da venda das terras dos cavaleiros, o papa aumentou o seu prestígio durante as cruzadas, várias consequências econômicas. Os europeus puderam ter contato com a filosofia, ciência e cultura árabes para que os escolásticos pudessem estudá-las.
Durante as cruzadas surgiram ordens monásticas visando reforma. As ordens eram submetidas ao papa e ao abade da ordem. Além da formação de novas ordens, houve a tentativa de reformar a Ordem Beneditina e a ordem dos cônegos agostinianos. Ordens formadas na época:
1.      Ordem Cisterciense
Fundada por Citeaux, tem o objetivo de corrigir a falta de disciplina monástica
2.      Ordens Militares
Os Cavaleiros de São João e os Cavaleiros Hospitalários faziam tríplices votos, mas não deixavam as armas. A ordem tornou-se uma organização militar de defesa. Em 1128 foram criados os Cavaleiros Templários que adotaram o estilo de vida dos cistercienses. Tem a mesma função das ordens anteriores (proteger o povo na terra santa), mas em 1312 foi extinta por estarem se envolvendo na política francesa.
3.      Frades
Os frades representavam outro tipo de monasticismo. Eles tinham as mesmas características dos outros monges, mas em vez de morarem em mosteiros separados do povo, eles moravam entre os povos das cidades e pregavam em sua língua. Eles se mantinham através de doações. Os frades organizados nesse período foram os franciscanos, dominicanos, carmelitas e agostinianos (para detalhes sobre cada frade ver O Cristianismo Através dos Séculos, Earle E. Cairns, Ed. Vida Nova, 2ªed., págs: 202-203).

Também houve nos tempos das cruzadas os chamados Movimentos Leigos de Reforma. Esses movimentos se opuseram a vários ideais das cruzadas. Eram reformas externas, e não internas como os frades. Os albigenses e os valdenses procuravam voltar à igreja descrita no Novo Testamento; foram considerados os precursores da reforma. Os movimentos são:
1.      Albigenses filósofos
Eles criam na existência de um dualismo um Deus bom, que fez a alma, e um Deus mal, que recebeu um corpo material após ser expulso dos céus. Eles se opunham à reprodução da espécie, aos sacramentos e refutavam as doutrinas do inferno, do purgatório e de uma ressurreição física; condenavam o uso de qualquer coisa material na adoração.
2.      Valdenses puritanos
Foi organizado por Valdo que criou um grupo chamado de “Pobres de Espírito”, por causa do entendimento que Valdo teve da simplicidade de Cristo. Ele e seu grupo desejavam pregar, mas o papa os proibiu o os excomungaram por se recusarem a parar de pregar. Eles criam que todos os homens deveriam ter a Bíblia, ela sendo sua maior autoridade. Aceitavam as confissões ecumênicas modelares, a ceia do Senhor e o batismo, a ordenação leiga para a pregação e para a ministração dos sacramentos.
3.      Joaquimitas escatológicos
Joaquim, monge cisterciense, acreditava que o Pai era importante no Antigo, o filho no Novo Testamento e que depois de 1260 surgira a época do Espírito Santo, a época do amor.

Soli Deo Gloria, o Deus da história.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Como pode Deus decretar o pecado sem pecar? - Jonathan Edwards


É muito consistente quando dizemos que Deus decretou cada ação do homem, sim, cada ação que ele toma que é pecaminosa e cada circunstância dessas ações.. . . e ainda assim, que Deus não decreta as ações que são pecaminosas como pecaminosas, mas [as] decreta como boas.
Não queremos dizer que decretar uma ação pecaminosa, seja o mesmo que decretar uma ação para que ela seja pecaminosa; mas ao decretar uma ação pecaminosa, quero dizer decretá-la em razão da pecaminosidade da ação. Deus decreta que será pecaminosa em razão do bem que ele faz surgir de tal pecaminosidade, enquanto que o homem a decreta pelo mal que há nela. (Coletânea nº85, parágrafo adicionado)
Em outras palavras, Deus pode decretar uma ação que é pecaminosa para um humano executar, porque ele a decreta por razões não-pecaminosas.
Um pecado só é pecaminoso por causa da atitude do coração que o executa. Quando humanos pecam, estamos por definição nos rebelando contra Deus. Mas ao ordenar o pecado humano, Deus não se rebela contra si mesmo. Pelo contrário, ele ordena nossos pecados com bons fins em mente, o que faz do ato de ordená-los não-pecaminoso, uma vez que a atitude de seu coração não é rebelde, mas justa.
Algumas expressões bíblicas que parecem sustentar este entendimento são Gênesis 50:20 e Romanos 11:32