quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Breve esboço sobre justificação pela fé



Por Danyllo Gomes

·         Jesus Cristo foi justificado por Deus em sua ressurreição dentre os mortos, sendo declarado Filho de Deus com poder (Romanos 1:4). Ele também foi justificado no espírito (1 Timóteo 3:16). Essa justificação, juntamente com todas as outras perfeições de Cristo, é imputada aos eleitos. A ressurreição de Cristo, a sua justificação, tinha como fim a justificação dos eleitos (Romanos 4:25).
·         Deus elegeu pessoas para a salvação eterna, e cada uma dessas pessoas é justificada no momento de sua conversão, onde a justiça de Cristo é imputada nelas (Romanos 8:29-30). A base da Justificação é a justiça de Cristo, e essa justificação é concedida através da fé, e a fé é dom de Deus (Efésios 2:8-10).
·         A igreja de Cristo também é justificada, santificada, regenerada e eleita, pois a sua santificação, assim como a nossa ainda não esta completa (Efésios 5:27).
·         Deus estabeleceu dois pactos com a humanidade, um antes da queda, e outro depois. Para que alguém fosse salvo no primeiro pacto, seria necessário crer na graça, nos mandamentos, nas advertências e na promessa de Deus. (CFW 19.1).
O segundo pacto é o pacto da graça redentora, ou seja, a graça da redenção de Cristo. O interessante é que nos dois pactos o meio da salvação é sempre o mesmo, a fé, e não as obras, e sempre, a salvação é dada por graça, através somente pela fé, nunca pelas obras.

A base da justificação é A OBRA DE CRISTO, e O MEIO da justificação é a FÉ EM CRISTO. 
           

A Justificação pela Fé


por 
David S. Steele e Curtis C. Thomas


A. O Significado de “Imputação”.
Imputar algo a uma pessoa significa pôr esse algo em sua conta (creditar) ou contá-la entre as coisas que lhe pertencem - ser-lhe creditado, e o que lhe é imputado passa a ser legalmente seu; é-lhe contado como sua possessão. Imputar significa contar, creditar, atribuir.
“Enquanto se faz referência ao significado de imputar, não importa quem é o que imputa, se é um homem (1 Sm 22:15) ou Deus mesmo, como vemos em Salmo 32:2; não importa o que é imputado, se uma boa ação para recompensa (Sm 106:30) ou uma ação má para castigo (Lv 17:4); e, finalmente, não importa se o imputado é algo que nos pertencia pessoalmente antes da imputação, como no caso citado anteriormente do Salmo 106:30, donde se imputa a Finéias sua própria boa ação, ou algo que não nos tem pertencido previamente, como é o caso em que Paulo pede a Filemom que uma dívida que não é sua pessoalmente, lhe seja colocada em sua conta (Fm 18). Em todos estes casos a ação de imputar é simplesmente colocar algo na conta de alguém. De forma que, quando Deus, no caso aqui, diz “imputar pecado” a alguém, o significado é que Deus considera o tal como pecador e em conseqüência, culpável e merecedor de castigo. Semelhantemente, a não imputação de pecado significa simplesmente não atribuir essa carga como base do castigo (Sl.32:2). Da mesma forma, quando Deus diz “Imputar justiça” a uma pessoa, o significado é que Deus considera judicialmente tal pessoa como justa e merecedora de todas as recompensas a que tem direito toda pessoa justa (Rm.4:6-11)”.

B. A Base da Justificação
A dupla imputação de pecado e justiça (referidos a Cristo e ao crente) forma a base da justificação.
1. Os pecados dos crentes foram imputados a Cristo - por isto Ele sofreu e morreu na cruz (1 Pd 2:24; II. Co 5:21). Cristo foi feito legalmente responsável pelos pecados do crente, e sofreu o justo castigo que a este correspondia. Ao morrer no lugar do crente, Cristo satisfez as demandas da justiça e o libertou para sempre de toda possibilidade de condenação ou castigo. Quando os pecados do crente foram imputados a Cristo, o ato de imputação não fez a Cristo pecador ou contaminou Sua natureza -tampouco, de modo algum afetou Seu caráter; este ato só tornou Cristo o responsável legal de tais pecados. A imputação não troca a natureza de nada; somente afeta a posição legal da pessoa.
2. Jesus Cristo viveu uma vida perfeita - guardou completamente a lei de Deus. A justiça pessoal que Cristo obteve durante Sua vida na terra é imputada ao pecador no momento em que este crê. A justiça de Cristo é outorgada ao crente; e Deus o vê como se ele mesmo houvesse feito todo o bem que Cristo fez. A obediência de Cristo, Seus méritos, Sua justiça pessoal é imputada (atribuída) ao crente. Isto de modo algum troca a natureza do crente (como também a imputação de pecados a Cristo não muda a Sua natureza); somente muda a posição legal do crente diante de Deus.

C. O Meio da justificação.
O meio pelo qual o pecador recebe os benefícios da obra salvadora de Cristo (Sua vida sem pecado e Seu sacrifício), é a fé n’Ele. Ninguém pode ser justificado senão pela fé; no entanto, ninguém é justificado sobre a sua fé. A fé, em si mesma, não salva o pecador; porém o leva a Cristo, o qual é quem, de fato, salva; portanto, a fé, conquanto seja um meio necessário para a justificação, não é em si mesma a causa ou a base da justificação. “Paulo disse que os crentes são justificados dia pisteos (Rm.3:25), pistei (Rm.3:28) e ekpisteos (Rm.3:30). O dativo e a preposição dia, representam a fé como meio instrumental pelos quais Cristo e Sua justiça são imputados; a preposição ek mostra que a fé ocasiona, e logicamente precede, nossa justificação pessoal. Paulo nunca disse, e sem dúvida negaria, que os crentes são justificados dia pistin, ou seja, por causa de sua fé. Se a fé fosse a base da justificação, a fé seria, com efeito, uma obra meritória; e a mensagem do evangelho seria, depois de tudo, meramente uma nova versão da justificação por obras, doutrina considerada por Paulo como irreconciliável com a graça, e destrutiva espiritualmente (Compare Rm 4:4; 11:6; Gl .4:21-5:1 2). Paulo considera a fé, não como a causa da justificação, mas como a mão vazia, estendida, que recebe a justiça ao receber a Cristo”.


D. A distinção entre justiça “imputada” e justiça “pessoal”
Devemos ter o cuidado de não confundir a justiça imputada (a qual recebemos pela fé e que é a única base de justificação) com os atos pessoais de justiça (santidade), realizados pelos crentes como resultado da obra do Espírito Santo em seus corações. Hodge disse:
“A justiça pela qual somos justificados, não é algo feito por nós nem nada que tenhamos forjado em nós mesmos, mas algo feito por nós e a nós imputado. É a obra de Cristo, o que Ele fez e sofreu para satisfazer as demandas da lei (...) não é nada que tenhamos criado ou forjado em nós ou algo inerente em nós. Por isso dizemos que Cristo é nossa justiça; que somos justificados por Seu sangue, Sua morte, Sua obediência; somos justos nEle e somos justificados por Ele, ou em Seu nome. A justiça de Deus, revelada no Evangelho e pela qual somos constituídos justos é, portanto, a justiça perfeita de Cristo, a qual cumpre completamente todos os requisitos da lei a que os homens estão obrigados e que todos os homens tem quebrado” 

A base da justificação é A OBRA DE CRISTO, e O MEIO da justificação é a FÉ EM CRISTO.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Uma sobrevivente da visão celular de Rene Terra Nova conta TUDO!



Por Roselaine Perez

Eu tive que digerir depressa demais o amontoado de quesitos que a Visão Celular possuía, parecia que tinha mudado de planeta e precisava aprender o novo dialeto local, e urgente, para conseguir me adaptar.

Ganhar / consolidar / discipular / enviar, almas / células/ famílias, Peniel, Iaweh Shamá, honra, conquista, ser modelo, unção apostólica, atos proféticos, mãe de multidões, pai de multidões, conquista da nação, mover celular, riquezas, nobreza, encontro, reencontro, encontros de níveis, resgatão, Israel, festas bíblicas, atos proféticos, congressos, redes, evento de colheita, prosperidade, recompensa, multidão, confronto, primeira geração dos 12, segunda geração dos 12, toque do shofar, cobertura espiritual, resultado, resultado, resultado, etc...
Era início do ano de 2002 quando fomos a Manaus, eu e meu marido, para recebermos legitimidade, enquanto segunda geração dos 12 do Apóstolo Renê Terra Nova no estado de São Paulo.As exigências eram muitas e muito caras:

•Compra do boton sacerdotal num valor absurdo.
•Hospedagem obrigatória no Tropical Manaus, luxuoso resort ecológico, às margens do Rio Negro, não um dos mais caros, mas “O” mais caro de Manaus (conheci Pastores que venderam as calças para pagar 2 diárias no tal resort e outros que deixaram a família sem alimentos para entrar na fila dos zumbis apostólicos, num Thriller nada profético).
• Trajes de gala Hollywoodianos.
• Participação obrigatória num jantar caro da preula após a cerimônia, tendo como ilustre batedor de bóia nada menos que o Apóstolo Renê e seus cupinchas.
•Tudo isso para ter a suprema dádiva de receber a imposição de mãos do homem, com direito a empurradinha na oração de legitimação e tudo ( uhuu!).
Nem mesmo em festa de socialite se vê exageros tão grandes em termos de exibição de jóias, carros, roupas de grife e todo tipo de ostentação escandalosa.

Hoje, sem a cachaça da massificação na cabeça, sinto vergonha e fico imaginando como Jesus seria tratado no meio daquela pastorada.

Ele chegaria com sandálias de couro, roupa comum, jeito simples, não lhe chamariam para ser honrado, nem tampouco perguntariam quem é o dono da cobertura dele , pois deduziriam que certamente dali ele não era.

Estive envolvida até a cabeça – porém não até a alma – na Visão Celular durante quase 5 anos, em todas as menores exigências fui a melhor e na inspiração do que disse Paulo "...segundo a justiça que há na lei dos Terra Nova, irrepreensível."

Entreguei submissão cega às sempre inquestionáveis colocações e desafios do líder, sob pena de ser rebelde e fui emburrecendo espiritualmente.

Me pergunto sempre por que entrei nisso tudo e depois que este artigo terminar talvez você me pergunte o mesmo, mas minha resposta tem sempre as mesmas certezas:

Todos nós precisamos amadurecer e, enquanto isso não acontece, muitas propostas vêm de encontro às fraquezas que possuímos e que ainda não foram resolvidas dentro de nós.
A partir da minha experiência pude enxergar as três principais molas propulsoras que fazem funcionar toda essa engrenagem:

1) A lavagem cerebral

A definição mais simples para lavagem cerebral é “conjunto de técnicas que levam ao controle da mente; doutrinação em massa”.

Em todas as etapas da Visão Celular se pode ver nitidamente vários mecanismos de indução, meios de trabalhar fortemente as emoções onde o resultado progressivo desta condição mental é prejudicar o julgamento e aumentar a sugestibilidade.

Os métodos coercivos de convencimento, os treinamentos intensos e cansativos que minam a autonomia do indivíduo, os discursos inflamados, as músicas repetitivas e a oratória cuidadosamente persuasiva são recursos que hoje reconheço como técnicas de lavagem cerebral, onde há mudanças comportamentais gradativas e por vezes irreversíveis.

2) Grandezas diretamente proporcionais

O Silvio Santos manauara é uma incógnita.Se em por um lado ele é duro e autoritário, noutro ele é engraçado, carismático e charmoso. Num dos Congressos em Manaus, me levantei da cadeira para tirar uma foto dele, que imediatamente parou a ministração e me chamou lá na frente. Atravessei o enorme salão com o rosto queimando, certa de que iria passar a maior vergonha de toda a minha vida, que o “ralo” seria na presença de milhares de pessoas e até televisionado.Quando me aproximei não sabia se o chamava de Pastor, Apóstolo, Doutor, Sua Santidade ou Alteza, mas para minha surpresa ele abriu um sorriso de orelha a orelha e fez pose, dizendo que a foto sairia bem melhor de perto. A reunião veio abaixo, claro, todos riam e aplaudiam aquele ser tão acessível e encantador.
Acontecimentos assim, somados à esperta e poderosa estratégia de marketing que Terra Nova usa para transmitir suas idéias, atraem para ele quatro tipos de pessoas:

•As carentes de uma figura forte (o povo simples que chora ao chamá-lo de pai).
• As que desejam aprender o modelo para utiliza-los em seus próprios ministérios falidos.
•Aquelas que desejam viver uma espécie de comensalismo espiritual, que vivem de abrir e fechar notebooks para ele pregar, ganhando transporte e restos alimentares em troca, as rêmoras da Visão.
•As sadomasoquistas espirituais. É tanta punição, tanto sacrifício, tanta submissão, que fica óbvio que muita gente se adapta a esse modelo porque gosta de sofrer. As interpretações enfermas do tipo “hoje eu levei um peniel do meu discipulador, então me agüentem que lá vou eu ensinar o que aprendi.”, eram a tônica das ministrações.
Pode acreditar que essas quatro classes de pessoas representam a grande maioria.

3) A concupiscência da carne, concupiscência dos olhos e a soberba da vida

O conceito da Visão Celular mexe demais com o ego, é sedutor, encantador, promissor, põe a imaginação lá no topo, puro glamour. A ganância que existe dentro do ser humano é o tapete vermelho por onde a desgraça caminha. Essa tem sido uma das causas pela queda de tantos e tantos pastores, por causa das promessas de sucesso rápido e infalível.
Renê não sabe com quem está lidando, mas é com gente!
Ele talvez ignore (não que ele seja ignorante) que cada ser humano é um universo e que as informações vão reproduzir respostas completamente inesperadas em cada um.

EU ASSISTI, na terra do Terra Nova, o “tristemunho” de uma discipuladora que, para confrontar e educar uma discípula, havia chegado à loucura de bater nela, para que a mesma parasse de falar em morrer. Esse é o argumento dos incapazes, dos que não conseguem levar cada triste, cada suicida ou deprimido às garras da graça de Cristo, mas que querem se fazer os solucionadores das misérias do povo.

Eu tenho até hoje péssimas colheitas dessa péssima semeadura, assumo meus erros e me arrependo profundamente de cada um deles:

• Quase perdi Jesus de vista
•Minha família ficou relegada ao que sobrava de mim.
•Minha filha mais velha, hoje com 23 anos, demorou um bom tempo para me perdoar por eu ter repartido a maternidade com tantas sanguessugas que me usavam para satisfazer sua sede de poder.
•Minha mãe teve dificuldade para se abrir comigo durante muito tempo porque, segundo ela, só conseguia me ver como a Pastora dura e ditadora. Tenho lutado diariamente para que ela me veja somente como filha.
•Fui responsável por manter minha Igreja em regime escravo (mesmo que isso estivesse numa embalagem maravilhosa), por ajudar a alimentar a ganância de muitos, por não guardá-los dessa loucura.
•Colaborei com a neurotização da fé de muitos, por causa da perseguição desenfreada pela perfeição e por uma santidade inalcançável.
•Fiquei neurótica eu mesma, precisando lançar mão de ajuda psicológica devido a crises interiores inenarráveis, ao passo que desenvolvia uma doença psíquica de esgotamento chamada Síndrome de Burnout*, hoje sob controle.
•Vendi a idéia da aliança incondicional do discípulo com o discipulador, afastando sutilmente as pessoas da dependência de Deus.
•Invadi a vida de muitos a título de discipulado, cuidando até de quantas relações sexuais as discípulas tinham por semana, sem que isso causasse ofensa ou espanto.
•Opinei sobre o que o discípulo deveria comprar ou não, tendo “direito” de vetar o que não achasse conveniente. A menor sombra de discordância por parte do discípulo era imediatamente reprimida, sem qualquer respeito. Quando isso acontecia os demais tomavam como exemplo e evitavam contrariar o líder.
•Aceitei que fosse tirada do povo a única diretriz eficaz contra as ciladas do diabo: a Bíblia. Não que ela não fosse utilizada, mas isso era feito de forma direcionada, para fortalecer os conceitos da Visão. Paramos de estudar assuntos que traziam crescimento para nos tornarmos robôs de uma linha de montagem, manipuláveis, dogmatizados.
•Fomentei a disputa de poder entre os irmãos ignorando os sentimentos dos que iam ficando para trás.
•Perdi amigos amados e sofri demais com estas perdas. Alguns criaram um abismo de medo, que é o de quem nunca sabe se vai ganhar um carinho ou um tapa, um elogio ou um peniel, mas sei que esse estigma está indo embora cada vez mais rápido. Outros me abandonaram porque não aceitaram uma Pastora normal, falível e frágil. Eles queriam a outra, a deusa, aquela que alimentava neles a fome por ídolos particulares.
Dentro da Visão, nossa Igreja esteve entre as que mais cresceram e deram certo na região, mas desistimos porque, acima de todo homem e todo método, somos escravos de Cristo.

Talvez o mais difícil tenha sido a transição do meu eu, a briga daquilo que eu era com o que sou hoje até que se estabelecesse Cristo em mim, esperança da glória.

Prossigo, perdoada pelo meu Senhor, tomando minhas doses diárias de Graçamicina, recriando meu jeito de me relacionar e compreender mais as falhas alheias e as minhas próprias.

Prossigo, reaprendendo a orar e adorar em silêncio, livre dos condicionamentos, admitindo meus cansaços, me permitindo não ser infalível, sendo apenas gente...Pastoragente!
*SÍNDROME DE BURNOUT:Distúrbio psíquico, de caráter depressivo, precedido de esgotamento físico e mental intenso.Se caracteriza por exaustão emocional, avaliação negativa de si mesmo, depressão e insensibilidade com relação a quase tudo e todos (até como defesa emocional). Resultado de um esforço extremo, um desgaste onde o paciente se consome física e emocionalmente, passando a apresentar um comportamento agressivo e intolerante, com predileção para aqueles que mantêm uma relação constante e direta com atividades de ajuda. Ocorre geralmente em pessoas altamente motivadas, que sentem uma discrepância entre aquilo que investem e aquilo que recebem.


QUE O SENHOR TENHA MISERICÓRDIA!

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Filemon, a carta pelo próximo



Por Danyllo Gomes

  •           Aplicações gerais:
·         Os cristãos devem mostrar amor e perdoar-se mutuamente;
·         A obediência crista deve ser feita de modo espontâneo, e não forçado.
Paulo enviou essa carta a Filemon com o objetivo de pedir a Filemon que ele recebesse de volta seu escravo fugitivo (Onésimo), mas agora seu irmão em Cristo. Essa carta nos ajuda a saber como tratar – principalmente – nossos irmãos em Cristo. Paulo aponta a unidade dos cristãos como princípio fundamental para a prática do perdão e do amor entre os mesmos.

Versos 1-3

“...prisioneiro de Cristo...”. Paulo já se apresenta a Filemon e aos demais, como PRISIONEIRO DE CRISTO. Na época, como havia muita escravidão, onde os romanos controlavam tudo, o fato de alguém ser prisioneiro ou escravo não era visto com bons olhos, mas já vemos no inicio da carta Paulo se identificando como um prisioneiro, e ainda mais, um prisioneiro de Cristo, onde ele teria total liberdade. Sabemos que a verdadeira liberdade consiste a salvação de Cristo Jesus. Paulo ver o aprisionamento a Cristo com grande orgulho. Então, uma expressão que significa humilhação, para Paulo significa prazer e orgulho.
“...amado Filemon...”. Paulo e Filemon têm um relacionamento de grande intimidade e confiança, apesar da distancia. Paulo o chama de amado, e logo após sobre problemas delicados. Isso sim é relacionamento maduro, onde os dois irmãos (Paulo e Timóteo) se compadecem de Onésimo e intercedem por ele a Filemon.

Versos 4-7

No inicio, Paulo fala que dá graças a Deus, lembrando-se sempre de Filemon sempre nas orações dele, e após isso vem uma série de motivos pelos quais Paulo dava graças a Deus, eles são: amor e fé de Filemon para com o Senhor Jesus e todos os santos, para que a comunhão da fé dele seja eficaz no pleno conhecimento de todo bem que temos em Cristo, pois Paulo ouve muito os santos falarem sobre sua fé.
Paulo declara no verso 7 que, o amor de Filemon tem dado alegria e conforto, pois o coração dos santos tem sido reanimados através do amor de Filemon. Devemos ser do mesmo modo, que as pessoas possam ser reanimadas a fé em Cristo através do nosso amor.
Observemos que Paulo, antes dele interceder por Onésimo ele fala da capacidade que Filemon tem em ralação ao amor pelo irmão, ao grande conhecimento que os santos tem do caráter amável de Filemon, ou seja, antes de Paulo pedir algo, ele mostra que esse algo é possível de fazê-lo, que no caso é receber Onésimo com amor em Cristo.

Versos 8-20

Paulo, como apóstolo, poderia ordenar a Filemon que ele recebesse Onésimo, mas Paulo, como bom servo humilde de Cristo, apela para o amor, deixando claro que qualquer atitude contrária ao pedido dele poderia ser pecaminoso, então Paulo pede para Onésimo em nome do amor. Observemos agora para a palavra “amor”. A palavra que Paulo usa para descrever esse amor que tem como base as petições de Paulo a Filemon em relação a Onésimo é o “” (ágape). Essa palavra (ágape) é a que Jesus utiliza para se referir ao amor que Deus sente por Ele. E Paulo usa a mesma palavra (ágape) para se referir ao amor que Onésimo tem que ter nas suas respostas as petições de Paulo, ou seja, Paulo intercede a Filemon pelo mesmo amor que o Pai tem pelo Filho. Desse modo, devemos aplicar isso em nós. Intercedermos pelo nosso irmão com o mesmo amor que Deus tem por Cristo. Imagine quão grande é esse amor! Após isso, Paulo denomina-se como prisioneiro de Cristo mais uma vez.
Paulo, em vez de mandar, ele solicita a Filemon, no verso 10. Ele espera que essa decisão venha do coração amoroso de Filemon, sem precisar sem compelido por Paulo. Devemos, do mesmo modo, usar nossa liderança como Paulo a usou. Não devemos impor ordens, mas sim, solicitar amorosamente ao nosso irmão, pelo amor, qualquer problema que seja. Que o amor sempre prevaleça nos relacionamento dos santos.
Depois, Paulo considera Onésimo como filho, porque foi Paulo que lhe deu a luz espiritual na prisão, para Onésimo entender o evangelho. No 12, Paulo diz que vai enviar Onésimo como se fosse o próprio coração. O sentido de coração tem o significado de afeto. O que Paulo quis dizer é que, se de alguma forma Onésimo fosse maltratado Paulo iria ser afetado. Seria normal se Onésimo fosse surrado, pois ele era um escravo fugitivo, mas Paulo intercede para não fazê-lo.
Nos versos 13 e 14, Paulo pede a Filemon que ele enviasse Onésimo de volta, para que o ajudasse a servir ao Senhor. E no 14, mais uma vez, Paulo deixa claro que ele não deve fazer por obrigação, mas por livre vontade.
Nos 15 e 16, Paulo diz que Deus foi providencia mesmo Onésimo tendo pecado, e depois, pediu que Filemon o recebesse como um irmão caríssimo. Vemos mais uma vez Paulo colocando seu irmão como alguém muito especial, sem menosprezar sua posição social, a de escravo. Para Paulo o que realmente importa, é que Onésimo era seu irmão em Cristo.
No 17, Paulo coloca o irmão no mesmo nível de si mesmo, pedindo a Filemon que recebesse Onésimo como se fosse ele. Paulo sabia que podia suplicar pelo amor e perdão de Filemon, pois ele já tinha recebido o perdão de Deus. No 18, Paulo complica Filemon porque Paulo pede para que Filemon visse Onésimo como se fosse o próprio Paulo. Paulo incorpora uma das maiores atitudes do cristão, que é a de se colocar no lugar do próximo. Qualquer coisa que acontecesse com Onésimo seria como se estivesse acontecendo com Paulo. E Paulo era um irmão muito querido para Filemon. Paulo realmente deixou Filemon numa enrascada.
No 20, Paulo diz, de certa forma, que isso tudo que ele pediu, é porque todos estão em Cristo. Paulo sabe que está falando com o povo de Deus. Todos sobre quem Paulo falou e intercedeu, todos eles, são um só em Cristo.

Saudações Finais

Paulo inicia as saudações já sabendo que Filemon iria fazer tudo quanto ele pede, e até mais.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Cristo, a prioridade dos Santos


 
Um breve resumo sobre a prioridade do Cristão

Por Danyllo Gomes

            É comum nos dias de hoje, falarmos com grande propriedade que: o fato do Cristão faltar uma Escola Dominical, ou uma programação da igreja, ou qualquer outro “movimento de igreja”, essa pessoa, estará pecando contra o Senhor. Mas será que realmente, um cristão, ao faltar uma Escola Dominical, ou qualquer outra programação imposta pela igreja para a sua membresia, ele estará pecando?
            O maior erro da afirmação: “Você pecou porque faltou a Escola Dominical”, ou, “Você pecou porque faltou a programação de jovens”, é que, a partir do momento que dizemos que um irmão pecou porque ele faltou alguma programação da igreja, colocamos a igreja, ou até mesmo as programações no lugar de Cristo. Devemos nos lembrar que quem decide o que é pecado ou não é o Senhor, já que o pecado ofende a Ele. E quando fazemos qualquer afirmação desse tipo, estamos colocando uma programação da igreja acima das Escrituras, pois a principal prioridade do Cristão não é com programação de igreja, mas sim com Cristo. Pois o pecado a ir contra as leis do Senhor, e não contra programações. As programações da igreja foram impostas pela igreja, e não por Cristo. A única “programação” que as Sagradas Escrituras ordena para os santos é o culto. A partir do momento que eu falto o culto do Senhor, eu peco, pois ele é uma ordenança das Sagradas Escrituras.
            Fazemos o mesmo que a Igreja Católica Romana faz, coloca a tradição como regra juntamente com as Escrituras, onde afirmam que se eu não seguir as regras das tradições romanas eu irei estar pecando, mas isso não é verdade, isso não pode acontecer na igreja de Cristo, pois na igreja de Cristo a única regra de fé e prática são as Escrituras Sagradas. A partir do momento que eu afirmo que se eu faltar uma programação da igreja eu estarei pecando, sem dúvida, aí sim, eu irei trocar prioridades, porque a minha prioridade maior é Cristo, e não programações da igreja, eu estarei trocando o centro, o cerne do Evangelho que creio, e as vezes nem os motivos de fazer tal programação sabemos. Faltar uma programação da igreja, por qualquer motivo que seja não é pecado. Cristo é nossa principal prioridade.
            Entretanto não devemos nos esquecer da nossa obrigação quanto a Cristãos. A partir do momento que eu assumo uma responsabilidade em alguma programação, a Bíblia diz: “Maldito aquele que faz relaxadamente a obra do Senhor.” Jeremias 48:10. Quando você assume a responsabilidade na obra do Senhor, você assume uma responsabilidade com Ele. A partir do momento que você negligencia essa responsabilidade, de certa forma você está fazendo relaxadamente à obra do Senhor. Aí sim, você estará pecando.
            E quanto ao nosso crescimento espiritual. Como Cristãos, devemos estar sempre buscando crescimento espiritual e, a igreja, ao promover algumas atividades (ex.: Escola Dominical) visando o crescimento, a pergunta a ser feita é: o que está me impedindo de obter um crescimento espiritual, o que está me impedindo de conhecer mais o meu Senhor e crescer em seu conhecimento? Devemos nos lembrar que isso é para um melhor relacionamento, um maior crescimento com Deus, mas não devemos tratar essas programações como mandamentos divinos.
A PRIORIDADE DO CRISTÃO É CRISTO!

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Um pouco de Sola Scriptura


Por Danyllo Gomes

  •          O verdadeiro conhecimento de Deus está na Bíblia
Deus, apesar de ter si revelado através da natureza, deu-nos a Escritura para que pudéssemos conhecê-Lo de uma forma que a natureza não consegue nos revelar, mais uma forma para provar a existência Dele. As Escrituras nos mostram o Deus Verdadeiro, já que o autor dela é o próprio Deus.
Os patriarcas conheceram a Deus do mesmo modo que nós o conhecemos hoje, através da Palavra. A única diferença é que, no nosso caso, a Palavra é escrita – nós cremos na Bíblia – e, os patriarcas criam na Palavra dita pela própria voz de Deus, assim com é as Escrituras para nós hoje (a voz de Deus). Portanto, a idéia de que a Palavra de Deus está acima de tudo, vem desde os patriarcas.
Nas Escrituras, se ensina que devemos pensar de Deus, para que não caiamos em apostasia, entrando em maus caminhos, por não conhecer o Deus verdadeiro. E acima de tudo, a mensagem central das Escrituras é Cristo.
 
  •          A Bíblia é a palavra de Deus escrita
Deus tinha se feito conhecido através de visões – até mesmo de sua glória – nos patriarcas, fazendo com que eles fossem provas da Sua existência. Desde a época do Antigo Testamento, através dos profetas, Deus provou Sua existência, e ainda mais, registrou tais acontecimentos, para que nós, através da fé, possamos crer nas feituras do Senhor. Portanto, as Escrituras registram a fiel revelação do Senhor para seu povo.
 
  •          A Bíblia nos protege do erro
Não há nada de bom no homem, até as melhores ações são como trapos de imundícia para o Senhor. Quando estamos lendo a Bíblia, em um rápido instante, nosso pensamento é desviado para algo pecaminoso, vemos então a nossa fragilidade. Com base na falha humana, vemos a necessidade da Palavra do Senhor escrita, para que ela não caísse (ou caia) em erro, em deturpação humana, ou no esquecimento. O homem, por si só nunca será capaz de mudar seu estado pecaminoso, pois como pode um morto vivificar? Só pela iluminação do Espírito Santo, através das Escrituras, podemos mudar de fato.

ALGUNS PONTOS PRINCIPAIS DA ‘SOLA SCRIPTURA’ NA REFORMA:

1.      Somente a Escritura é a autoridade máxima para a regra de fé e prática dos santos. Ela não é determinada, ela determina. Ela é a suprema decisão em controvérsias, ao contrário da igreja católica, que coloca os bispos, papas e concílios acima dela.
2.      Ela é superior a tradição, diferentemente da afirmação católico romana. As Escrituras ensinam, e não a tradição romana ensina.
3.      A Bíblia não é uma revelação de doutrinas e proposições para serem aceitas mediante a autoridade da igreja, mas uma revelação direta, viva e pessoal de Deus, podendo assim ser acessível a qualquer pessoa.
4.      A igreja não dá autoridade as Escrituras, a igreja apenas reconhece a autoridade das Escrituras. As Escrituras só poderiam ser autorizadas por Deus, e, por ser de origem divina, já é autorizada.
5.      Existem evidencias internas e externas da inspiração e divina autoridade das Escrituras, mas estes atributos não são passíveis de “prova”. A única evidencia que importa é o “testemunho interno do Espírito” no coração do leitor. Calvino diz: “A menos que haja essa certeza [pelo testemunho do Espírito], que é maior e mais forte que qualquer juízo humano, será fútil defender a autoridade da Escritura através de argumentos, ou apoiá-la com o consenso da Igreja, ou fortalecê-lo com outros auxílios. A menos que seja posto este fundamento, ela sempre permanecerá incerta.”
6.      Devemos nos lembrar que, só através das Escrituras é que acontece o verdadeiro arrependimento, portanto a única diretriz que podemos usar para chamar pecadores ao arrependimento é usando-a.
7.      A igreja não está acima do seu Canôn porque o definiu, ela apenas reconheceu que já era aceito pelos cristãos. A igreja estabeleceu o Canôn, mas o evangelho estabeleceu a igreja, e a autoridade do Canôn está no evangelho.
8.       A Escritura forma a igreja, e não a igreja forma as Escrituras (Efésios 2:20)
9.      A interpretação alegórica e outros sentidos atribuídos as Escrituras obscurecem a sua mensagem. Os reformadores deram ênfase no modo de interpretação histórico-gramatical.
10.  A experiência é necessária para o entendimento da Palavra: esta não deve ser simplesmente repetida ou conhecida, mas vivida e sentida. Na Escritura o Deus vivo e verdadeiro sempre confronta o leitor em julgamento de graça
11.  Textos: Salmos 19:7-11; Salmos 119; João 5:39; Romanos 15:4; 2 Timóteo 3:16-17; Salmos 111:7; Salmos119:130.


quarta-feira, 24 de novembro de 2010

O Plano de Deus para a Agenda Gay - John MacArthur


Se você tem visto os títulos de manchetes de jornais nos últimos anos, talvez tenha observado o incrível aumento do interesse por afirmar a homossexualidade. Quer esteja no âmago de um escândalo religioso, de corrupção política, de legislação radical e da redefinição do casamento, o interesse homossexual tem caracterizado a América. Isso é uma indicação do sucesso da agenda gay. Mas, infelizmente, quando as pessoas se recusam a reconhecer a pecaminosidade do homossexualismo — chamando o mal bem e o bem, mal (Is 5.20), elas o fazem em prejuízo de muitas almas e, talvez, de si mesmas.

Como você deve reagir ao sucesso da agenda gay? Deve aceitar a tendência recente em direção à tolerância? Ou ficar ao lado daqueles que excluem os homossexuais e condenam com veemência o pecado? A Bíblia nos exorta a um equilíbrio entre o que as pessoas consideram duas reações opostas — condenação e compaixão. De fato, essas duas atitudes juntas são elementos essenciais do amor bíblico, do qual os homossexuais necessitam desesperadamente. Os defensores do homossexualismo têm sido notavelmente eficazes em promover suas interpretações distorcidas de passagens da Bíblia. Quando você pergunta a um homossexual o que a Bíblia diz a respeito da homossexualidade — e muitos deles o sabem — percebe que eles absorveram um interpretação que não é somente distorcida, mas também completamente irracional. Os argumentos a favor dos homossexuais extraídos da Bíblia são nuvens de fumaça — à medida que nos aproximamos deles, vemos com clareza o que está por trás.

Deus condena a homossexualidade, e isto é muito evidente. Ele se opõe à homossexualidade em todas as épocas. Na época dos patriarcas (Gn 19.1-28) Na época da Lei de Moisés (Lv 18.22; 20.13) Na época dos Profetas (Ez 16.46-50) Na época do Novo Testamento (Rm 1.18-27; 1 Co 6.9-10; Jd 70-8) Por que Deus condena a homossexualidade? Porque ela transtorna o plano fundamental de Deus para as relações humanas — um plano que retrata o relacionamento entre um homem e uma mulher (Gn 2.18-25; Mt 19.4-6; Ef 5.22-33). Então, por que as interpretações homossexuais das Escrituras têm sido tão bem-sucedidas em persuadir inúmeras pessoas? A resposta é simples: as pessoas se deixam convencer. Visto que a Bíblia é tão clara a respeito deste assunto, os pecadores têm resistido à razão e aceitado o erro, a fim de acalmarem a consciência que os acusa (Rm 2.14-16). Conforme disse Jesus: “Os homens amaram mais as trevas do que a luz; porque as suas obras eram más” (Jo 3.19-20). Se você é um crente, não deve comprometer o que a Bíblia diz a respeito da homossexualidade — jamais.

Não importa o quanto você deseja ser compassivo para os homossexuais, o seu primeiro amor é ao Senhor e à exaltação da justiça dEle. Os homossexuais se mantêm em rebeldia desafiante contra a vontade de seu Criador, que, desde o princípio, “os fez homem e mulher” (Mt 19.4). Não se deixe intimidar pelos defensores do homossexualismo e por sua argumentação fútil — os argumentos deles não têm conteúdo. Os homossexuais e os que defendem esse pecado estão comprometidos fundamentalmente em transtornar a soberania de Cristo neste mundo. Mas a rebelião deles é inútil, visto que o Espírito Santo afirma: “Ou não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas, nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem roubadores herdarão o reino de Deus” (1 Co 6.9-10; cf. Gl 5.19-21). Então, qual a resposta de Deus à agenda homossexual? O julgamento certo e final. Afirmar qualquer outra coisa, além disso, é adulterar a verdade de Deus e enganar aqueles que estão em perigo. Quando você interage com homossexuais e seus simpatizantes, tem de afirmar a condenação bíblica.

Você não está procurando lançar condenação sobre os homossexuais, está tentando trazer convicção, de modo que eles se convertam do pecado e recebam a esperança da salvação para todos nós, pecadores. E isso acontece por meio da fé no Senhor Jesus Cristo. Os homossexuais precisam de salvação. Não precisam de cura — o homossexualismo não é uma doença. Eles não carecem de terapia — o homossexualismo não é uma condição psicológica. Os homossexuais precisam de perdão, porque a homossexualidade é um pecado.
Não sei como aconteceu, mas algumas décadas atrás alguém rotulou os homossexuais com o incorreto vocábulo “gay”. Gay, no inglês, significava uma pessoa feliz, mas posso assegurar-lhe: os homossexuais não são pessoas felizes. Eles procuram felicidade seguindo prazeres destrutivos. Esta é a razão por que Romanos 1.26 chama o desejo homossexual de “paixão infame”. É uma concupiscência que destrói o corpo, corrompe os relacionamentos e traz sofrimento perpétuo à alma — e o seu fim é a morte (Rm 7.5). Os homossexuais estão experimentando o juízo de Deus (Rm 1.24, 26, 28) e, por isso, são infelizes — muito, muito infelizes. 1 Coríntios 6 é bem claro a respeito das conseqüências eternas que sobrevirão àqueles que praticam a homossexualidade — mas existem boas-novas. Não importa o tipo de pecado, quer seja homossexualidade, quer seja outra prática, Deus oferece perdão, salvação e esperança da vida eterna àqueles que se arrependem e aceitam o evangelho. Depois de identificar os homossexuais como pessoas que não “herdarão o reino de Deus”, Paulo disse: “Tais fostes alguns de vós; mas vós vos lavastes, mas fostes santificados, mas fostes justificados em o nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus” (1 Co 6.11). O plano de Deus para muitos homossexuais é a salvação. Nos dias de Paulo, havia ex-homossexuais na igreja de Corinto, assim como, em nossos dias, existem muitos ex-homossexuais em minha igreja e em igrejas fiéis ao redor do mundo. Eles ainda lutam contra a tentação homossexual? Com certeza. Que crente não luta contra os pecados de sua vida anterior? Até o grande apóstolo Paulo reconheceu essa luta (Rm 7.14- 25). No entanto, ex-homossexuais assentam-se nos bancos de igrejas bíblicas em todo o mundo e louvam o Senhor, ao lado de ex-fornicadores, ex-idólatras, ex-adúlteros, ex-ladrões, ex-avarentos, ex-beberrões, ex-injuriadores e ex-defraudadores. Lembrem-se: alguns de vocês eram assim.

Qual deve ser a nossa resposta à agenda homossexual? Oferecer-lhe uma resposta bíblica — confrontá-la com a verdade das Escrituras, que condena a homossexualidade e promete castigo eterno para todos os que a praticam. Qual deve ser a nossa resposta ao homossexual? Oferecer-lhe uma resposta bíblica — confrontá-lo com a verdade das Escrituras, que o condena como pecador e lhe mostra a esperança da salvação, por meio do arrependimento e da fé em Jesus Cristo. Permaneçam fiéis ao Senhor, quando reagirem à homossexualidade, honrando a Palavra de Deus e deixando com Ele os resultados.

domingo, 21 de novembro de 2010

Universidade Mackenzie: Em Defesa da Liberdade de Expressão Religiosa



     A Universidade Presbiteriana Mackenzie vem recebendo ataques e críticas por um texto alegadamente “homofóbico” veiculado em seu site desde 2007. Nós, de várias denominações cristãs, vimos prestar solidariedade à instituição. Nós nos levantamos contra o uso indiscriminado do termo “homofobia”, que pretende aplicar-se tanto a assassinos, agressores e discriminadores de homossexuais quanto a líderes religiosos cristãos que, à luz da Escritura Sagrada, consideram a homossexualidade um pecado. Ora, nossa liberdade de consciência e de expressão não nos pode ser negada, nem confundida com violência. Consideramos que mencionar pecados para chamar os homens a um arrependimento voluntário é parte integrante do anúncio do Evangelho de Jesus Cristo. Nenhum discurso de ódio pode se calcar na pregação do amor e da graça de Deus.
     Como cristãos, temos o mandato bíblico de oferecer o Evangelho da salvação a todas as pessoas. Jesus Cristo morreu para salvar e reconciliar o ser humano com Deus. Cremos, de acordo com as Escrituras, que “todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Romanos 3.23). Somos pecadores, todos nós. Não existe uma divisão entre “pecadores” e “não-pecadores”. A Bíblia apresenta longas listas de pecado e informa que sem o perdão de Deus o homem está perdido e condenado. Sabemos que são pecado: “prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçaria, inimizades, contendas, rivalidades, iras, pelejas, dissensões, heresias, invejas, homicídios, bebedices, glutonarias” (Gálatas 5.19). Em sua interpretação tradicional e histórica, as Escrituras judaico-cristãs tratam da conduta homossexual como um pecado, como demonstram os textos de Levítico 18.22, 1Coríntios 6.9-10, Romanos 1.18-32, entre outros. Se queremos o arrependimento e a conversão do perdido, precisamos nomear também esse pecado. Não desejamos mudança de comportamento por força de lei, mas sim, a conversão do coração. E a conversão do coração não passa por pressão externa, mas pela ação graciosa e persuasiva do Espírito Santo de Deus, que, como ensinou o Senhor Jesus Cristo, convence “do pecado, da justiça e do juízo” (João 16.8).
     Queremos assim nos certificar de que a eventual aprovação de leis chamadas anti-homofobia não nos impedirá de estender esse convite livremente a todos, um convite que também pode ser recusado. Não somos a favor de nenhum tipo de lei que proíba a conduta homossexual; da mesma forma, somos contrários a qualquer lei que atente contra um princípio caro à sociedade brasileira: a liberdade de consciência. A Constituição Federal (artigo 5º) assegura que “todos são iguais perante a lei”, “estipula ser inviolável a liberdade de consciência e de crença” e “estipula que ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política”. Também nos opomos a qualquer força exterior – intimidação, ameaças, agressões verbais e físicas – que vise à mudança de mentalidades. Não aceitamos que a criminalização da opinião seja um instrumento válido para transformações sociais, pois, além de inconstitucional, fomenta uma indesejável onda de autoritarismo, ferindo as bases da democracia. Assim como não buscamos reprimir a conduta homossexual por esses meios coercivos, não queremos que os mesmos meios sejam utilizados para que deixemos de pregar o que cremos. Queremos manter nossa liberdade de anunciar o arrependimento e o perdão de Deus publicamente. Queremos sustentar nosso direito de abrir instituições de ensino confessionais, que reflitam a cosmovisão cristã. Queremos garantir que a comunidade religiosa possa exprimir-se sobre todos os assuntos importantes para a sociedade.
     Manifestamos, portanto, nosso total apoio ao pronunciamento da Igreja Presbiteriana do Brasil publicado no ano de 2007 e reproduzido parcialmente, também em 2007, no site da Universidade Presbiteriana Mackenzie, por seu chanceler, Reverendo Dr. Augustus Nicodemus Gomes Lopes. Se ativistas homossexuais pretendem criminalizar a postura da Universidade Presbiteriana Mackenzie, devem se preparar para confrontar igualmente a Igreja Presbiteriana do Brasil, as igrejas evangélicas de todo o país, a Igreja Católica Apostólica Romana, a Congregação Judaica do Brasil e, em última instância, censurar as próprias Escrituras judaico-cristãs. Indivíduos, grupos religiosos e instituições têm o direito garantido por lei de expressar sua confessionalidade e sua consciência sujeitas à Palavra de Deus. Postamo-nos firmemente para que essa liberdade não nos seja tirada.

     Este manifesto é uma criação coletiva com vistas a representar o pensamento cristão brasileiro.
Para ampla divulgação.