Por Danyllo Gomes
· Os cristãos devem mostrar amor e perdoar-se mutuamente;
· A obediência crista deve ser feita de modo espontâneo, e não forçado.
Paulo enviou essa carta a Filemon com o objetivo de pedir a Filemon que ele recebesse de volta seu escravo fugitivo (Onésimo), mas agora seu irmão em Cristo. Essa carta nos ajuda a saber como tratar – principalmente – nossos irmãos em Cristo. Paulo aponta a unidade dos cristãos como princípio fundamental para a prática do perdão e do amor entre os mesmos.
Versos 1-3
“...prisioneiro de Cristo...”. Paulo já se apresenta a Filemon e aos demais, como PRISIONEIRO DE CRISTO. Na época, como havia muita escravidão, onde os romanos controlavam tudo, o fato de alguém ser prisioneiro ou escravo não era visto com bons olhos, mas já vemos no inicio da carta Paulo se identificando como um prisioneiro, e ainda mais, um prisioneiro de Cristo, onde ele teria total liberdade. Sabemos que a verdadeira liberdade consiste a salvação de Cristo Jesus. Paulo ver o aprisionamento a Cristo com grande orgulho. Então, uma expressão que significa humilhação, para Paulo significa prazer e orgulho.
“...amado Filemon...”. Paulo e Filemon têm um relacionamento de grande intimidade e confiança, apesar da distancia. Paulo o chama de amado, e logo após sobre problemas delicados. Isso sim é relacionamento maduro, onde os dois irmãos (Paulo e Timóteo) se compadecem de Onésimo e intercedem por ele a Filemon.
Versos 4-7
No inicio, Paulo fala que dá graças a Deus, lembrando-se sempre de Filemon sempre nas orações dele, e após isso vem uma série de motivos pelos quais Paulo dava graças a Deus, eles são: amor e fé de Filemon para com o Senhor Jesus e todos os santos, para que a comunhão da fé dele seja eficaz no pleno conhecimento de todo bem que temos em Cristo, pois Paulo ouve muito os santos falarem sobre sua fé.
Paulo declara no verso 7 que, o amor de Filemon tem dado alegria e conforto, pois o coração dos santos tem sido reanimados através do amor de Filemon. Devemos ser do mesmo modo, que as pessoas possam ser reanimadas a fé em Cristo através do nosso amor.
Observemos que Paulo, antes dele interceder por Onésimo ele fala da capacidade que Filemon tem em ralação ao amor pelo irmão, ao grande conhecimento que os santos tem do caráter amável de Filemon, ou seja, antes de Paulo pedir algo, ele mostra que esse algo é possível de fazê-lo, que no caso é receber Onésimo com amor em Cristo.
Versos 8-20
Paulo, como apóstolo, poderia ordenar a Filemon que ele recebesse Onésimo, mas Paulo, como bom servo humilde de Cristo, apela para o amor, deixando claro que qualquer atitude contrária ao pedido dele poderia ser pecaminoso, então Paulo pede para Onésimo em nome do amor. Observemos agora para a palavra “amor”. A palavra que Paulo usa para descrever esse amor que tem como base as petições de Paulo a Filemon em relação a Onésimo é o “” (ágape). Essa palavra (ágape) é a que Jesus utiliza para se referir ao amor que Deus sente por Ele. E Paulo usa a mesma palavra (ágape) para se referir ao amor que Onésimo tem que ter nas suas respostas as petições de Paulo, ou seja, Paulo intercede a Filemon pelo mesmo amor que o Pai tem pelo Filho. Desse modo, devemos aplicar isso em nós. Intercedermos pelo nosso irmão com o mesmo amor que Deus tem por Cristo. Imagine quão grande é esse amor! Após isso, Paulo denomina-se como prisioneiro de Cristo mais uma vez.
Paulo, em vez de mandar, ele solicita a Filemon, no verso 10. Ele espera que essa decisão venha do coração amoroso de Filemon, sem precisar sem compelido por Paulo. Devemos, do mesmo modo, usar nossa liderança como Paulo a usou. Não devemos impor ordens, mas sim, solicitar amorosamente ao nosso irmão, pelo amor, qualquer problema que seja. Que o amor sempre prevaleça nos relacionamento dos santos.
Depois, Paulo considera Onésimo como filho, porque foi Paulo que lhe deu a luz espiritual na prisão, para Onésimo entender o evangelho. No 12, Paulo diz que vai enviar Onésimo como se fosse o próprio coração. O sentido de coração tem o significado de afeto. O que Paulo quis dizer é que, se de alguma forma Onésimo fosse maltratado Paulo iria ser afetado. Seria normal se Onésimo fosse surrado, pois ele era um escravo fugitivo, mas Paulo intercede para não fazê-lo.
Nos versos 13 e 14, Paulo pede a Filemon que ele enviasse Onésimo de volta, para que o ajudasse a servir ao Senhor. E no 14, mais uma vez, Paulo deixa claro que ele não deve fazer por obrigação, mas por livre vontade.
Nos 15 e 16, Paulo diz que Deus foi providencia mesmo Onésimo tendo pecado, e depois, pediu que Filemon o recebesse como um irmão caríssimo. Vemos mais uma vez Paulo colocando seu irmão como alguém muito especial, sem menosprezar sua posição social, a de escravo. Para Paulo o que realmente importa, é que Onésimo era seu irmão em Cristo.
No 17, Paulo coloca o irmão no mesmo nível de si mesmo, pedindo a Filemon que recebesse Onésimo como se fosse ele. Paulo sabia que podia suplicar pelo amor e perdão de Filemon, pois ele já tinha recebido o perdão de Deus. No 18, Paulo complica Filemon porque Paulo pede para que Filemon visse Onésimo como se fosse o próprio Paulo. Paulo incorpora uma das maiores atitudes do cristão, que é a de se colocar no lugar do próximo. Qualquer coisa que acontecesse com Onésimo seria como se estivesse acontecendo com Paulo. E Paulo era um irmão muito querido para Filemon. Paulo realmente deixou Filemon numa enrascada.
No 20, Paulo diz, de certa forma, que isso tudo que ele pediu, é porque todos estão em Cristo. Paulo sabe que está falando com o povo de Deus. Todos sobre quem Paulo falou e intercedeu, todos eles, são um só em Cristo.
Saudações Finais
Paulo inicia as saudações já sabendo que Filemon iria fazer tudo quanto ele pede, e até mais.